O início das atividades têxteis no Brasil vem antes da ocupação portuguesa no país, portanto, os índios já usavam técnicas artesanais e primitivas de entrelaçamento manual de fibras vegetais para a proteção corporal.
Todavia, partindo do princípio de colonização, em 1500, são identificadas quatro etapas importantes para a definição da evolução histórica da indústria têxtil no país: a fase colonial, a fase de implantação, a fase industrial e a fase atual.
A fase colonial foi de 1500 a 1844, durante esse período houve o Alvará de D. Maria I que ordenou o fechamento de todas as fabricas de tecido, tirando aquelas que faziam roupas com tecidos pesados para os escravos, para evitar o numero de pessoas que deixariam o campo para a manufatura, quando a família real chegou ao Brasil o Alvará foi suspenso e foi estabelecido um tratado de aliança entre a Inglaterra e Portugal em que os produtos ingleses iriam ter uma redução de 15% nas taxas alfandegárias, com isso os tecidos brasileiros perderam totalmente o mercado para os ingleses.
Em 1844 foi estabelecida a primeira política brasileira no qual levou o aumento das taxas alfandegárias em 30%, isso proporcionou o processo de industrialização no Brasil onde a indústria têxtil foi pioneira principalmente na região sul do país, a industrialização foi lenta onde a fase de implantação perdurou até 1913, apesar desse fator em 1864 o Brasil já tinha uma razoável cultura algodoeira, matéria-prima básica da indústria têxtil, mão de obra abundante e um mercado consumidor em crescimento, contendo em funcionamento 20 fabricas com 385 teares, do tipo manual, e com menos 20 anos depois esse numero mais que dobrou com 44 fábricas. Depois de 1913 e principalmente depois da primeira guerra mundial a indústria e especialmente o setor têxtil no Brasil cresceu, possibilitando o mercado ser suprido por meio do incremento da produção interna.
Depois da segunda metade do século XX, a fase industrial, o setor têxtil passou por uma transformação por meio de investimentos visando a modernização e a ampliação, por meio do Conselho de Desenvolvimento Industrial, que trouxe tear mecânico a vapor e a produção industrial em larga escala, visando o aumento das exportações brasileiras de produtos têxteis.
De 1993 em frente ocorreu uma queda nas vendas externas devido a mudanças ocorridas na economia e política como a abertura do mercado interno para produtos importados, o que acabou com o fechamento de várias empresas e obrigando outras a modernização para a redução do custo do produto final, esse período é considerado a fase atual da industria têxtil no Brasil
Hoje em dia, o Brasil fica atrás 2 anos dos avanços das evoluções de maquinas têxtil que ocorrem no mundo.
Máquina de tear mecânico (1844-1913) |
Tear mecânico a vapor |
Máquinas de tear atuais e em larga escala |